segunda-feira, 24 de maio de 2010

COMBATE AO MOSQUITO DA DENGUE

Caracterização do problema

Recentemente vem se consolidando no Brasil o saneamento ambiental como um conceito abrangente, que pressupõe atividades relacionadas ao abastecimento público de água potável, coleta e tratamento de esgotos e disposição finais de resíduos sólidos, drenagem urbana e controle de vetores de reservatórios. A prática, no entanto, tem ainda sido bem diferente tanto nas companhias estaduais de saneamento como nos serviços municipais. As atividades restringem-se ao que se convencionou chamar de saneamento básico, ou seja, abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos –ÁGUA E VIDA.

Ainda hoje, temos praticamente o mesmo quadro de atividades de saneamento com a agravante ploriferação de surtos epidêmicos pela ocorrência de procriação de larvas de mosquito, como por exemplo, o Aedes Aegypti ou Aedes Albopictus, transmissores do vírus Flaviviridae causador da Dengue.

No Brasil circulam os tipos 1, 2 e 3. O vírus 3 está presente desde dezembro de 2000 – foi isolado em janeiro de 2001, no Rio de Janeiro. O mosquito da Dengue pode ser transmitido por duas espécies: Aëdes aegypti e Aëdes albopictus, que picam durante o dia. Ao contrário do mosquito comum: Culex, que pica durante a noite.

Os transmissores da Dengue, principalmente o Aëdes aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis etc) em caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas. As bromélias, que acumulam água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros. A transmissão da Dengue é mais comum nas cidades, mas pode ocorrer em áreas rurais – mas é incomum em locais com altitudes superiores a 1200 metros.

O Aëdes aegypti, atualmente, está presente em cerca de 3600 municípios brasileiros. O único modo possível de evitar a introdução de um novo tipo do vírus da Dengue é a eliminação dos transmissores. O Aëdes aegypti também pode transmitir a febre amarela.
Sendo assim o problema da procriação deste mosquito está diretamente ligado ao combate da Dengue. Uma das maneiras para controlar as larvas do mosquito que habitam os depósitos de água, é o seu tratamento com inseticidas – prática que além de onerosa pode ser tóxica ao homem e animais domésticos e criticada em termos ecológicos. Além disso, existem constatações de resistência com as larvas desta espécie, devido provavelmente ao uso abusivo desses inseticidas.

Tendo em vista a possibilidade da utilização de substâncias que normalmente já são empregadas no dia-a-dia das donas de casa – tal como a água sanitária formulada com base no hipoclorito de sódio –, foi realizado o ensaio visando avaliar o efeito da mesma sobre as larvas dessa espécie. Conforme o relato dos especialistas "os ensaios consistiram na diluição de água sanitária (hipoclorito de sódio) em água tratada (água de torneira) com pH em torno de 6,7. A principal conclusão a que se chegou é que a dosagem de 2 mililitros (aproximadamente 2 colheres de café) de água sanitária para cada litro de água tratada, é suficiente para matar larvas de Aedes aegypti durante 20 dias. É importante ressaltar que as larvas morrem após 24 horas de contato com a solução. Até hoje, a população não sabia exatamente o tempo de duração do efeito da água sanitária. O resultado da pesquisa mostra um fato inédito com relação à eficácia prolongada desse produto", conta Octavio Nakano, professor do Departamento de Entomologia da USP. (AGUAONLINE).

Um comentário:

  1. Atraves do Equipamento de manutenção continua de Piscinas podemos tratar agua durante o ano todo desvinculado da filtragem.

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